Mensagens sempre actuais
Veio de um colega, grande amante das coisas boas da vida.
Giotto
Há muitos anos, muito antes do aparecimento da televisão, do computador e do telemóvel, deu-se um acontecimento, de tal forma mediático, que ainda hoje, rivaliza com as super-notícias que pululam pelos jornais das televisões, em horário nobre.
Na altura, nem os jornais da terra (a existirem) fizeram eco do nascimento. Embora, nascer, na altura, é que fosse notícia. E não morrer, como acontece hoje. Hoje, como sabem, morre-se a toda a hora na televisão. Seja na estrada, num filme de suspense com o serial killer de serviço, numa disputa de vizinhos em Freixo-de-Espada-à-Cinta ou num atentado bombista em Jerusalém e no Iraque. Morre-se a toda a hora, numa sangria desatada, dando ao mundo parecenças com um vulgar matadouro.
Os pais da criança, mudos de espanto, assistiram à chegada de anjos e arcanjos, pastores e reis magos e outras desvairadas gentes, que acorreram a uma gruta ali para os lados de Belém, para adorar aquele que também ficou conhecido por Menino Jesus.
Ficou-se a saber que o nascimento tinha origem divina. Bem, origem divina têm todos, mas aquele tinha uma dupla: não só era filho de Deus (como o comum dos mortais), mas, também Deus ele próprio, visto integrar a trindade Pai, Filho e Espírito Santo, o primeiro três em um da História.
É por causa desse acontecimento, que, segundo reza a História, conta já com 2009 anos, que estou a escrever-lhes. É por causa deste ser, a quem também chamaram Menino Jesus, que depois cresceu e se fez homem, e deixou à sua passagem um rasto indelével, que me dirijo a todos vocês.
Escrevo, invocando o Menino, com todo o respeito que ele merece, tentando não fazer dele um mero pretexto. O facto de ele ter nascido há tanto tempo e de o seu nascimento (e não apenas a sua morte trágica) continuar a mobilizar as pessoas é motivo suficiente para que me sinta tentado a falar dele e dele fazer o meu mensageiro do melhor que posso desejar aos amigos.
Um bom Natal para todos !
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