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A mostrar mensagens de 2004

País normal

Num país normal e democrático, o Presidente dissolvia o parlamento e no mesmo dia convocava as novas eleições, talvez no prazo de um mês. Como estamos em Portugal e tudo isto é para ser em câmara-lenta, ainda se anda a discutir a data em que se irá dissolver o Parlamento, reunindo os partidos, o Conselho de Estado, e ainda por cima com uma Constituição, que para ajudar, empurra as eleições lá para meados Fevereiro, e um Governo que só estará em funções lá para depois da Páscoa. E depois vem a eterna queixa da falta de produtividade dos trabalhadores portugueses.

o Natal mais cedo

O Natal chegou mais cedo, e o Santana não conseguiu lá chegar. Ou não fosse ele um sportinguista...

Constituição Europeia

Concorda com aquela estúpida pergunta, que afasta cada vez mais os portugueses deste tipo de política? Se afinal o que querem é saber se estamos de acordo, ou não, com esta Constituição Europeia, para quê complicar a pergunta?

O último verão

Neste Verão que passou, foi tão grande a minha ocupação, que deixei para mais tarde a actualização deste espaço de reflexão, sobre o que nos rodeia. Vamos voltar a falar. E não estamos sós. Como ouvimos recentemente, o nosso primeiro falar da vida boa que temos pela frente, mal posso esperar para reflectir nas coisas boas que nos esperam. Assim que elas chegarem, cá estaremos para reflectir.

Raciocínios

Vamos lá confirmar se este é o raciocínio certo: 1 - Nas eleições europeias, debate-se o desempenho do Governo do País 2 - Nas eleições legislativas, escolhe-se o Presidente da Comissão Europeia 3 - Nas eleições autárquicas, escolhe-se o Primeiro Ministro! É isto, não é?

Tempos Modernos

Temos um governo que quer ser moderno. Talvez até modernaço. Já se pensa em e-government. Ou seja os ministros não precisam de estar lá . Mandam um e-mail. Mas estas tecnologias ainda não chegaram ao aparelho de Estado. Ficamos agora a saber que o registo da tomada de posse dos ministros ainda é escrita à mão e sem rasuras... Já nem nos notários isso acontece. Eles já têm minutas em computador onde se fazem os acrescentos e alterações necessárias para o texto final. Senhor Presidente já era tempo de automatizar estes registos e facilitar a vida aos governos que em cima da hora da tomada de posse já estão em remodelação.

Luís

A minha vida tem sido recheada de exemplos de amigos, que me foram marcando com o testemunho da sua vida. Foi o caso do Luís Osório. Além de amigos também fomos vizinhos. A doença que o acompanhou durante muito tempo, foi também a sua preparação para a Morte, que aconteceu recentemente. No seu funeral recordamos o testemunho da sua vida e revivemos alguns dos seus escritos como sua herança. No Verão passado num encontro com muitos amigos e face à pergunta: Como é que Jesus é, para mim, experiência e caminho de espiritualidade? Respondia o Luís assim: Não sei se sou um crente (sou demasiado racionalista) Não sei se sou “religioso” (acho que sou muito pouco) Mas não tenho dúvidas é que sou cristão (com muitos defeitos, mas cristão) A maneira como Jesus viveu É, realmente, a grande luz da minha vida. A sua vida foi um exemplo desta procura.

Isto está difícil...

Passamos os últimos à espera de algo muito positivo, que nos engrandecesse a todos. Mas pelo andar desta carruagem, com os apitos e as ramificações das ligações douradas com as autarquias, com as invasões do relvado por uns jogadores de ocasião, com os túneis encravados e a justiça a mostar a sua credibilidade, parece que cada vez isto está um pouco mais difícil. Vamos ver se vão aparecendo aspectos positivos que nos levem a superar os entraves actuais e a encontrar novos caminhos. ajp

Apitos de lata

Os nomes de guerra que a PJ inventa. Será que é agora que se vai saber o que se passa por debaixo da relva? Pena é que haja muitos adeptos que perdem a cabeça (e também muito dinheiro) a acompanhar as suas equipas, a agredir os adeptos dos adversários, ... e afinal parece que em muitos dos jogos, as coisas já tinham sido arranjadas convenientemente para satisfação de outros interesses, pouco desportivos. ajp

A maquilhagem das contas

No outro dia foi a TAP. Primeiro eram os grandes lucros (finalmente). Depois veio outro dizer que eram prejuízos. Depois lá foram obrigados a entender-se e então surgiram uns pequenos lucros. Agora são os Hospitais, SA. Primeiro foram um grande sucesso, com grande contenção de custos. Agora, parece que tinham escondido os custos com os medicamentos, ou melhor, o governo perdoou esses custos tendo-os transferido para as ARS’s. É assim que estamos a ser dirigidos. Não podemos seguir estes exemplos que vêem de cima, ou então teríamos as nossas contas caseiras todas engatadas. Imaginem se transferíssemos os nossos gastos no supermercado para o Continente... ajp

Recomeçou a caça

A caça está de volta. Mas não é a caça às rolas ou às perdizes. Trata-se sim da caça aos votos. Com o aproximar de qualquer tipo de eleição de âmbito nacional, recomeça o circo eleitoral. Tal como na Fórmula Um, existem à volta das eleições um autêntico circo mediático, onde recomeçam as promessas. Numa primeira fase os novos governos dizem mal dos anteriores, culpam-nos de todas as desgraças, é a tanga, a crise, a ausência de aumentos. Assim se justificam políticas de contenção. Depois, como que por obra e graça do alto, tudo começa a ser azul. Já vai haver aumentos para os funcionários públicos (pudera, sempre são quase 800 000 eleitores e respectivas famílias), a crise já é passageira, as pensões serão aumentadas significativamente, um país das maravilhas. Passados 30 anos após a Revolução de 1974, será que ainda se acredita que é com papas e bolos que se enganam os tolos? O exemplo aqui dos vizinhos do lado não ajuda muito a este tipo de mentalidade... ajp

Lixo & lanche

Crónica de Angola Na sexta feira dia 27 de Fevereiro participei num programa da ONG 'Acção Humana' difundido pela Rádio Eclesia. Além de mim e de outras três pessoas participou um deslocado de guerra residente num “acampamento” situado na periferia de Luanda. Esse deslocado, ao reagir a uma pergunta acerca do impacto na vida das pessoas do recente desmantelamento de mercados em Luanda, disse — mais palavra menos palavra - que entendia a necessidade de organização dos mercados da cidade; mas chamava a atenção para o facto de: "antes da praça da Estalagem ter sido desmantelada e acabada a sua produção diária de lixo, na sua zona, morriam duas crianças por mês; mas, agora, após o fim da praça, morrem duas por semana, porque as crianças já não têm o lixo da praça para "lanchar"! Este dito “bateu-me na cabeça”, aturdindo-me; e uma sensação de vertigem quase me atirou ao chão. Como classificar e tratar uma situação em que alguém nos afir

A morte do pai

A morte é sempre dolorosa. E para quem perde um pai, qualquer que seja a sua idade, é de um facto marcante na vida de qualquer filho. Hoje os jornais inundaram-nos com anúncios garrafais a propósito da morte do pai do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos. Não são anúncios colocados pela família enlutada, que assim poderia publicitar esse evento, para anunciar aos amigos e conhecidos, que assim poderiam participar nos actos relativos ao funeral. O que é alarmante, é que neste “ país de avelinos ”, há filhos mais sentidos que os outros. Há filhos que precisam que seja publicitada de tal forma e intensidade a sua dor, que levam a que as autarquias publiquem vários anúncios pagos, pelos contribuintes, a dar conta desta notícia. E não foram pequenos anúncios. Alguns de página inteira e em vários jornais. Foi a Câmara Municipal de Matosinhos, a Assembleia Municipal, a MatosinhosHabit – MH, Empresa Municipal de Habitação, a MS-Matosinhos Sport - Empresa Municipal de Gestão de

Criatividade

Não pode haver dúvidas. É aqui que reside a especificidade, e como agora se ouve a toda a hora, é aqui que está a nossa mais valia . Vejamos o caso recente das contas da TAP. Primeiro, teve lucros. Caso inédito. E viva a gestão da equipa de brasileiros. Os cronistas da esperança aí estiveram a louvar esta nova dinâmica. Mas... veio agora o presidente da TAP dizer que afinal nunca tinha visto as contas, que se calhar não há lucros, etc... Em que é que ficamos. Só a criatividade contabilística nos pode salvar. Talvez uma venda, fora de horas, de património, possa ajudar. Não é nada de novo. O governo já fez coisas semelhantes para equilibrar as contas. Qualquer país (ou empresa) em dificuldades o melhor é contactar os nossos serviços de contabilidade criativa e vão ver a volta que isto dá... ajp

O sangue é da mesma cor

Há notícias, que no meio do emaranhado dos conflitos do dia a dia podem ficar esquecidas. Esta, a das " Famílias de Luto juntam-se pela Reconciliação ", dá que pensar. É que no meio do número de mortos que o conflito israelo-árabe, existem famílias que perdem os seus filhos. Quer sejam israelitas que os perderam em atentados dos palestinianos, quer palestinianos que perderam os filhos em atentados do exército israelita. E como diz um israelita, que ao confrontar-se com uma mãe árabe com a fotografia de um filho de seis anos ao peito, " mudou completamente". "Não estamos condenados. Podemos quebrar o ciclo da violência, tentando encontrar o outro lado. O sangue é da mesma cor, as lágrimas são igualmente amargas para quem perde um filho". Mas entretanto, o novo Muro da vergonha, continua a ser construído. A história tem demonstrado que este tipo de muros, acabarão por cair. O Muro da China converteu-se em atracção turística e do de Berlim restam

Reclamações

Em 1998 apresentei uma reclamação nas finanças tendo em conta que por lapso da declaração da minha empresa, o mesmo rendimento tinha sido incluído em dois anexos diferentes. Estava em causa o poder ser reembolsado em cerca de 220 €. Como é habitual dizer-se, o processo teve o seu curso normal nos serviços das finanças, até que em 2002 uma funcionária fez uma informação, à consideração superior , em que apresenta os fundamentos da sua proposta de deferimento da minha reclamação. O seu chefe fez então este mimo de parecer para a decisão do Chefe do Serviço de Finanças: PARECER FACE À INFORMAÇÃO INFRA, SOU DE PARECER QUE O PEDIDO DEVERÁ SR DEFERIDO, PORÉM V. EXA. SUPERIORMENTE BEM E MELHOR DECIDIRÁ

Curiosidades

Numa pequena rua de Lisboa, duas placas junto à entrada do mesmo edifício: Ministério da Indústria e Energia Gabinete para a Pesquisa e Exploração de Petróleo Ministério da Economia Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e em Matéria de Publicidade

Presidenciais

Muitos estarão de acordo de que os poderes do Presidente da República são muito limitados. Que apesar das diferenças entre eles, os Presidentes que tivemos após a consolidação da democracia, limitaram-se a servir de contrapoder em relação aos demais poderes instituídos. Este aspecto foi particularmente explorado por Mário Soares, que no seu segundo mandato interpretou o descontentamento da população em relação a uma forma autoritária de fazer política do então governo de Cavaco Silva. Agora, ainda estamos a dois anos das próximas eleições presidenciais, mas os candidatos (e os aspirantes a candidatos) são já mais que muitos. E as sondagens que se vão fazendo encarregam-se de propor mais hipóteses. Faz-me lembrar o atletismo nas partidas para as finais das corridas de 100 metros, nos grandes campeonatos. Quase sempre existem falsas partidas. Às vezes só por que um dos corredores de mexeu antes de soar o tiro. Mas aqui, todos os candidatos à final tiveram de dar provas de que eram

Diálogo no Metro

Diálogo no Metro, entre duas estudantes: Gostas de filosofia? - Eu gosto bué. O que eu não gosto é do stor. - Deves estar doida. Não há ninguém que goste de filosofia... - É assim, se o stor for bom tanto melhor. Mas a filosofia até se tem a nota que se quer. Até tem ideias fixes. - Com’ é qu'é possível? - É assim, basta escrever, e muito. Claro que têm de ser cenas com sentido, ... - Não conhecia ninguém que gostasse de filosofia.

Ken # Barbie

Os fabricantes de bonecos adaptam-se à realidade. A Barbie abandonou ou foi abandonada pelo Ken. Esta foi a fórmula mágica que foi arranjada para introduzir novas bonecas no sistema da criançada. O Ken já foi visto numa praia da Califórnia com uma nova namorada (que em breve deverá aparecer na TV para renovar o stock de bonecas). À pergunta feita, por uma TV, a uma miúda sobre a responsabilidade nesta separação, respondeu que seria da Barbie. Porquê? - mulheres... O universo virtual da brincadeira das crianças vai assim adaptando-se. Longe vão os tempos das fadas que tudo resolviam com a varinha mágica, ou dos Super Homem, que atacavam e nos preveniam das desgraças. [onde estaria o Super Homem no 11 de Setembro?] Os bonecos estão assim a reduzir-se às fragilidades da realidade humana. Já não têm a magia suficiente para condicionar o nosso futuro. ajp

O desespero...

DOCENTES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS Solicitam casamento rápido com Professores do Quadro exclusivamente para prioridade em concurso. Este é o conteúdo de um anúncio hoje publicado no Público. Lê-se e não sei se será de acreditar. Terá o desespero por um lugar estável no ensino português, chegado a este ponto. De vez em quando lêem-se notícias sobre casamentos feitos à pressa para legalização de imigrantes, mas optar pela mesma forma de consolidação do compromisso do amor para obter um emprego estável, parece pouco adequado. Como é que é possível amar e trabalhar assim? ajp

Círculos governamentais

Ele há coincidências... Não é que todos os governos passam os dois primeiros anos de governação a dizer que não conseguem fazer nada de bom devido à pesada herança do passado (ou seja do governo dos outros ). Durante esse período ele é o corte nas despesas públicas, nos aumentos salariais, a crise, e todas as desgraças imagináveis... Depois começam a aproximar-se as próximas eleições, e como que por magia o discurso muda: "devido aos sacrifícios passados e à boa governação, a vida vai melhorar". Tenho quase a certeza de que com este governo não vamos fugir a este tipo de regras. E em Junho próximo, no início das movimentações do futebol do Euro 2004, teremos aí as eleições europeias. E parece-me que a nossa vida política vai em breve mudar de rumo. Com remodelações ou sem elas, com retenções na fonte não pagas a quem se deviam e outras eventuais habilidades, lá caminharemos rapidamente para a felicidade. Gostava de me enganar, mas é a vida... ajp

Marte

Com as arrumações que me têm absorvido todo o tempo disponível, nem tenho conseguido acompanhar as andanças dos robôts em Marte. Lembro-me bem do que vivi no início do Verão de 1969, durante a madrugada a ver a preto e branco a chegada do Homem à Lua. Creio que na altura isso foi encarado como uma fase nova da vida do Homem, que assim conseguia ultrapassar muitos dos obstáculos que se encontravam então nesta Terra, e talvez, quem sabe, seria a descoberta de uma nova forma de vida. Passaram trinta e cinco anos. Dos problemas então existentes, alguns resolveram-se, outros agravaram-se, e inventaram-se outros. Está visto que não é a descoberta do espaço que melhora a nossa vida. Mas sempre podemos ter esperança, de que do outro lado nos apareça um marciano, que nos ensine uma outra forma de vida. Talvez melhor que a nossa. Sinceramente espero isso. ajp

Arrumações

É por causa das arrumações que não me resta nenhum tempo para reflectir e escrever aqui. Mas ainda não foram as arrumações em casa, sempre à espera de melhores dias. Agora, como sabem, o problema é o de arrumar da melhor maneira possível, mais de 3000 referências diferentes de medicamentos e produtos conexos. O objectivo é para que, dentro em breve, os nossos vizinhos, que nos visitarem para aliviar as dores, não fiquem mais doentes por estarem muito tempo à espera que se encontrem os remédios que lhes fazem falta. É certo que a minha mulher diz, que na maior parte das vezes, o que eles (os doentes) andam à procura, não é de remédios para o fisíco, mas para a alma. E com um pouco de conversa com quem tiver paciência para os ouvir, é meio caminho andado para a felicidade do dia a dia. Estamos a trabalhar para isso. ajp

Novos projectos

Hoje foi um dia importante aqui pelas nossas bandas. Estamos na fase final de um grande projecto. Foi inspeccionada e aprovada a instalação da Farmácia ANAMAR. O grande projecto da minha mulher Ana Maria. Agora só temos de esperar a entrega do alvará, arrumar medicamentos e preparar tudo para abrir. O nosso lema passa a ser: "vivinhos, mas doentinhos..." ajp

Sempre ao ataque

Encontrei no avatares de desejo um assunto que me interessa partilhar, e que tem que ver com o recente jogo Benfica-Sporting. Diz este amigo que " hoje em dia quando vejo um Benfica-Sporting torço por quem ataca. Longe vão os tempos em que esmiuçava o calendário e a tabela classificativa para aquilatar das possíveis consequências para o Porto. (...) Também estou para aí virado. Apesar de ser adepto do Benfica, o que entusiasma mais no futebol é uma boa jogatana. Com muitos ataques e golos se possível. E é para isso que este jogo foi inventado. É pena que isto não seja bem ensinado aos nossos jogadores, que creio, continuam a sofrer daquele síndroma do Paulo Futre. Na altura em que este jogava em Itália, dizia-se que o problema dele, é que era capaz de driblar cinco jogadores italianos dentro de uma cabine telefónica, mas era incapaz de encontrar a porta de saída.... [na altura as cabines telefónicas tinham portas] ajp

A minha fé e os outros

De vez em quando temos de preparar aqui em casa (às vezes com outros amigos), temas para debate num grupo alargado de pessoas, que se reune uma vez por mês. Trata-se do Movimento Metanoia - Movimento Católico de Profissionais, a que pertencemos. Desta vez vamos propor para este encontro (que será já na 6ª feira, 9.Jan.04), uma reflexão sobre o nosso caminho de aproximação ou afastamento à fé e ao transcendente. Como é que chegamos à fé? A fé é algo que é para cada um de nós, uma descoberta e pesquisa pessoal, ou estamos dependentes do caminho que nos é traçado por outros? E se tem sido bom e estimulante para nós esta caminhada, como é que a vamos transmitindo aos outros? Por exemplo, no nosso núcleo mais restrito, a família. Como é que fomos transmitindo aos nossos filhos a nossa prática de fé? Como ligamos a nossa vida à fé? Na nossa vida profissional, perante os nossos colegas, clientes e fornecedores das nossas actividades, que testemunho damos da fé em Jesus Cristo

Apanha nocturna de caracóis

Se fosse dia 1 de Abril... mas não. Estamos no início de mais um ano e o jornal Público brinda-nos com uma notável notícia que pode ajudar na recuperação da nossa economia. E nestes tempos de grandes tecnologias, e da necessidade de formação profissional, afinal sempre nos podemos safar, apenas com um saco, uma lanterna e partir à noite à procura de uns bichinhos que andam aí pelas serras, no meio das pedras e arbustos. A nossa vantagem é muito grande. É que eles, os caracóis, deslocam-se muito lentamente, e assim não teremos de correr muito para os apanhar. Se eles sabiam isto lá por Bruxelas, já nos teriam retirado da lista dos mais pobres, tendo em conta a riqueza económica que anda aí pelas serras portuguesas. E enquanto o caracol não for um animal em risco de deparecimento, é aproveitar... O melhor é passar a andar com um saco. Nunca se sabe os caracóis que posso encontrar e talvez pagar a próxima bica. ajp