Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2004

O sangue é da mesma cor

Há notícias, que no meio do emaranhado dos conflitos do dia a dia podem ficar esquecidas. Esta, a das " Famílias de Luto juntam-se pela Reconciliação ", dá que pensar. É que no meio do número de mortos que o conflito israelo-árabe, existem famílias que perdem os seus filhos. Quer sejam israelitas que os perderam em atentados dos palestinianos, quer palestinianos que perderam os filhos em atentados do exército israelita. E como diz um israelita, que ao confrontar-se com uma mãe árabe com a fotografia de um filho de seis anos ao peito, " mudou completamente". "Não estamos condenados. Podemos quebrar o ciclo da violência, tentando encontrar o outro lado. O sangue é da mesma cor, as lágrimas são igualmente amargas para quem perde um filho". Mas entretanto, o novo Muro da vergonha, continua a ser construído. A história tem demonstrado que este tipo de muros, acabarão por cair. O Muro da China converteu-se em atracção turística e do de Berlim restam

Reclamações

Em 1998 apresentei uma reclamação nas finanças tendo em conta que por lapso da declaração da minha empresa, o mesmo rendimento tinha sido incluído em dois anexos diferentes. Estava em causa o poder ser reembolsado em cerca de 220 €. Como é habitual dizer-se, o processo teve o seu curso normal nos serviços das finanças, até que em 2002 uma funcionária fez uma informação, à consideração superior , em que apresenta os fundamentos da sua proposta de deferimento da minha reclamação. O seu chefe fez então este mimo de parecer para a decisão do Chefe do Serviço de Finanças: PARECER FACE À INFORMAÇÃO INFRA, SOU DE PARECER QUE O PEDIDO DEVERÁ SR DEFERIDO, PORÉM V. EXA. SUPERIORMENTE BEM E MELHOR DECIDIRÁ

Curiosidades

Numa pequena rua de Lisboa, duas placas junto à entrada do mesmo edifício: Ministério da Indústria e Energia Gabinete para a Pesquisa e Exploração de Petróleo Ministério da Economia Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e em Matéria de Publicidade

Presidenciais

Muitos estarão de acordo de que os poderes do Presidente da República são muito limitados. Que apesar das diferenças entre eles, os Presidentes que tivemos após a consolidação da democracia, limitaram-se a servir de contrapoder em relação aos demais poderes instituídos. Este aspecto foi particularmente explorado por Mário Soares, que no seu segundo mandato interpretou o descontentamento da população em relação a uma forma autoritária de fazer política do então governo de Cavaco Silva. Agora, ainda estamos a dois anos das próximas eleições presidenciais, mas os candidatos (e os aspirantes a candidatos) são já mais que muitos. E as sondagens que se vão fazendo encarregam-se de propor mais hipóteses. Faz-me lembrar o atletismo nas partidas para as finais das corridas de 100 metros, nos grandes campeonatos. Quase sempre existem falsas partidas. Às vezes só por que um dos corredores de mexeu antes de soar o tiro. Mas aqui, todos os candidatos à final tiveram de dar provas de que eram

Diálogo no Metro

Diálogo no Metro, entre duas estudantes: Gostas de filosofia? - Eu gosto bué. O que eu não gosto é do stor. - Deves estar doida. Não há ninguém que goste de filosofia... - É assim, se o stor for bom tanto melhor. Mas a filosofia até se tem a nota que se quer. Até tem ideias fixes. - Com’ é qu'é possível? - É assim, basta escrever, e muito. Claro que têm de ser cenas com sentido, ... - Não conhecia ninguém que gostasse de filosofia.

Ken # Barbie

Os fabricantes de bonecos adaptam-se à realidade. A Barbie abandonou ou foi abandonada pelo Ken. Esta foi a fórmula mágica que foi arranjada para introduzir novas bonecas no sistema da criançada. O Ken já foi visto numa praia da Califórnia com uma nova namorada (que em breve deverá aparecer na TV para renovar o stock de bonecas). À pergunta feita, por uma TV, a uma miúda sobre a responsabilidade nesta separação, respondeu que seria da Barbie. Porquê? - mulheres... O universo virtual da brincadeira das crianças vai assim adaptando-se. Longe vão os tempos das fadas que tudo resolviam com a varinha mágica, ou dos Super Homem, que atacavam e nos preveniam das desgraças. [onde estaria o Super Homem no 11 de Setembro?] Os bonecos estão assim a reduzir-se às fragilidades da realidade humana. Já não têm a magia suficiente para condicionar o nosso futuro. ajp

O desespero...

DOCENTES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS Solicitam casamento rápido com Professores do Quadro exclusivamente para prioridade em concurso. Este é o conteúdo de um anúncio hoje publicado no Público. Lê-se e não sei se será de acreditar. Terá o desespero por um lugar estável no ensino português, chegado a este ponto. De vez em quando lêem-se notícias sobre casamentos feitos à pressa para legalização de imigrantes, mas optar pela mesma forma de consolidação do compromisso do amor para obter um emprego estável, parece pouco adequado. Como é que é possível amar e trabalhar assim? ajp