Uma questão de Sorte [6]

Uma das vantagens de estar numa enfermaria é poder ver televisão. E se os meus companheiros não estiverem muito interessados até posso escolher o canal. Foi o caso. E assim o melhor é escolher a RTP1, em vez das desgraças da TVI e os escândalos da SIC. Pelo menos é o que me ocorre dizer sobre os lomgos programas da manhã e das tardes.

Por esses dias houve a tragédia da Praia Maria Luísa, em Albufeira. 5 portugueses, com falta de sorte, morreram devido à queda das arribas.
O mais impressionante, naquele dia e seguintes, foi ver as entrevistas a outros portugueses que assumiam o mesmo tipo de riscos, noutras praias, colocando-se à sombra de outras arribas, argumentando que não fazia mal, que não iria acontecer outra vez, e que já lá tinham estado tanta vez e nunca tinha acontecido nada. Que o problema dos que morreram foi a falta de sorte.
Uns dias mais tarde ouvi umas declarações do Pauleta a propósito da falta de sorte da selecção nacional por não marcar golos, que tanta falta fazem para a qualificação para o Mundial na África do Sul. Nunca se referiu à falta de pontaria dos dos nossos jogadores, que quase marcam, mas a bola não entra.

Será que então o nosso grande problema é a permanente falta de sorte?

Comentários

Olá Tozé!Há algum tempo que não deixo uma palavrinha... Como vais para além de estares bom da vista e com paciência...? Ainda estás no hospital ou são 'recuerdos' que nos passas?
Um beijinho com vontade de te ver bom,
margarida

Mensagens populares deste blogue

As gravatas não deveriam ser usadas agora

A Biblioteca da Vila, conto de Miguel Beirão da Veiga

Os nomes das doenças [21]