Os 7 pecados sociais da nossa sociedade

A Igreja Portuguesa através dos seus bispos fez a identificação de 7 pecados sociais.
Trata-se de um texto muito interessante e denso, que merece análise e comentários.

Eis a parte do texto, da Carta Pastoral, onde se resumem estes pecados:


Ao olharmos o nosso país, com os problemas que o atravessam, na perspectiva da edificação de uma sociedade solidária, identificamos algumas atitudes e linhas de comportamento, a que podemos chamar “pecados sociais” e que exigem uma conversão à solidariedade responsável na construção do bem comum:

1) os egoísmos individualistas, pessoais e grupais, sem perspectiva do bem comum mais global;

2) o consumismo, fruto de um modelo de desenvolvimento, fomentado pelos próprios mecanismos da economia, que gera clivagens entre ricos e pobres e gera insensibilidade a valores espirituais;

3) a corrupção, verdadeira estrutura de pecado social, que se exprime em formas perversas, violadoras da dignidade humana e da consciência moral pelo bem comum;

4) a desarmonia do sistema fiscal, que sobrecarrega um grupo, e pode facilitar a irresponsabilidade no cumprimento das justas obrigações;

5) a irresponsabilidade na estrada, com as consequências dramáticas de mortes e feridos, que são atentado ao direito à vida, à integridade física e psicológica, ao bem-estar dos cidadãos e à solidariedade;

6) a exagerada comercialização do fenómeno desportivo, que tem conduzido à perda progressiva do sentido do “jogo” como autêntica actividade lúdica, e a falta de transparência nos negócios que envolvem muitos sectores e profissionais dalgumas áreas do desporto;

7) a exclusão social, gerada pela pobreza, pelo desemprego, pela falta de habitação, pela desigualdade no acesso à saúde e à educação, pelas doenças crónicas, e que atinge particularmente as famílias mais carenciadas, as crianças e as pessoas idosas, e determinados grupos sociais.

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Haverá mais pecados concerteza, mas esta identificação e chamada de atenção para os cristãos e outros homens de boa vontade é uma boa proposta para reflectir e agir.

António J Paulino

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